quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Foto: Marco Aurélio Martins / AG. A Tarde


por Cleidiana Ramos


A Sepromi abriu inscrições para a seleção de estudantes que vão trabalhar no projeto Mapeamento dos Espaços de Religião de Matriz Africana nos Territórios de Identidade do Baixo Sul e do Recôncavo. O prazo para se inscrever termina na próxima quarta-feira, dia 23. São 20 vagas com bolsas no valor de R$350, mais diária de R$200. Os concorrentes devem estar matriculados em períodos a partir do 3º semestre e matriculados em instituições de ensino superior devidamente registradas pelo Ministério da Educação (MEC).

Os selecionados vaõ assumir o compromisso de manter o bom desempenho escolar e não podem firmar vínculos empregatícios durante o período de vigência da bolsa. As inscrições podem ser efetivadas na sede da Sepromi (Centro Adminstrativo da Bahia (CAB, Salvador), das 9 às 12 horas e das 14 às 17 horas ou postadas nos Correios (via sedex) para o seguinte endereço: Secretaria de Promoção da Igualdade, Centro Administrativo da Bahia – CAB, 2ª Avenida, 250, Anexo B, Blocos A e B, Paralela, CEP – 41745-003 – Bahia – Brasil. No próximo dia 30 sai o resultado da seleção no site da Sepromi(www.sepromi.ba.gov.br) e no Diário Oficial do Estado. No site também estão os detalhes do edital e documentos necessários para a inscrição.

O projeto de mapeamento dos terreiros vai acontecer por meio de uma parceria entre a Sepromi e a Seppir, em conjunto com as prefeituras e organizações da sociedade civil dos municípios envolvidos. Os dados coletados serão disponibilizados em um apublicação impressa e na Internet e vão servir de base para a elaboração de políticas públicas de atendimento às comunidades religiosas.

A ideia do projeto é traçar o histórico dos terreiros, condições físicas e de infraestrutura; recursos ambientais, trajetórias de luta e resistência; e o perfil das autoridades religiosas (sexo, raça, formação, dentre outras informações).

No Baixo Sul, os municípios incluídos no projeto são Aratuípe, Cairu, Camamu, Gandu, Igrapiúna, Ituberá, Jaguaripe, Nilo Peçanha, Piraí do Norte, Presidente Tancredo Neves, Taperoá, Teolândia, Valença, Wenceslau Guimarães. No Recôncavo o projeto contempla Cabaceiras do Paraguaçu, Cachoeira, Castro Alves, Conceição do Almeida, Cruz das Almas, Dom Macedo Costa, Governador Mangabeira, Maragojipe, Muniz Ferreira, Muritiba, Nazaré, Santo Amaro, Santo Antônio de Jesus, São Felipe, São Félix, São Francisco do Conde, Sapeaçu, Saubara e Varzedo.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Torcida pela Roça do Ventura

Foto: Marco Aurélio Martins/Ag. A Tarde




por Cleidiana Ramos


Ontem, o terreiro Seja Hundé, também conhecido como Roça do Ventura, situado em Cachoeira realizou uma das suas mais importantes cerimônias anuais: a Fogueira de Kaviono. No dia 23 teve também a Fogueira de Bessen.

De tradição jeje, o Ventura é um dos mais antigos terreiros baianos e a comunidade de lá está na batalha para conseguir o tombamento como patrimônio e uma reforma emergencial.

A primeira demanda está tramitando no Iphan e a segunda à espera de uma resposta do governo do Estado.

O terreiro está com sérios problemas em suas partes construídas, principalmente o barracão: instalações elétricas precárias- em algumas situações recorre-se ao velho candeeiro-, paredes rachadas e dificuldades para o acesso a suas dependências.

O Seja Hundé fica a três quilômetros da cidade. Para chegar é preciso vencer uma encosta. Com as chuvas ficou ainda pior para acessar a ladeira. Segundo o ogã Marcus Alessandro, algumas pessoas chegam a desistir de ir até lá.

Mas para quem insiste e vence as barreiras a visão que a Roça do Ventura oferece é de tirar o fôlego: áreas verdes, fontes, enfim, um espaço realmente mágico.

E sem falar que o pessoal que lidera a Casa é uma simpatia: ogã Boboso, 103 anos, ogã Bernardino, 92 anos, vodúnsi Alda e vodúnsi Alaíde. Os mais novos da Casa também não ficam atrás: ogã Buda e ogã Marcus Alessandro.

Fica aqui a torcida para que o Ventura consiga resolver o mais rápido possível estas suas demandas.